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Educação que contagia!

Olá, Espirituosas!

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Sou pedagoga por formação e professora por vocação A. Digo isso porque conheci excelentes professores na minha vida que não possuem títulos ou diplomas de graduação, mas exercem essa fascinante jornada de maneira exemplar. Na realidade, acredito que todos nós exercemos um pouco de professor em nossas vidas. Lembro-me do meu avô me ensinando a amarrar os cadarços e da minha prima que, mesmo sendo mais nova do que eu, me ensinou a assobiar. Costumo dizer que professor é aquele que não hesita em gastar o seu tempo em prol do outro. E quando isso se torna um prazer, o tempo não é gasto, mas sim aproveitado.

Quando iniciei minha formação no magistério, ainda no ensino médio, lembro-me de ter feito uma oração e ter pedido a Deus que me fizesse alguém que pudesse ajudar crianças carentes.

Anos se passaram e, em 2013, fui convocada para o concurso público de Professora de Educação Infantil. Essa nova fase foi um desafio para mim, pois nas escolas particulares, geralmente eu trabalhava com pré-adolescentes. Fui em busca de aprender e, para ser sincera, continuo aprendendo. Aprendi que trabalhar em creche vai muito além do cuidar. Cada musiquinha cantada, história narrada ou personagem interpretado fazem com que as crianças se insiram numa realidade só delas. Certa vez, estávamos todos na sala de aula brincando com lego quando um aluno empilhou vários legos e começou a cantar “parabéns pra você”. Todos nós entramos no embalo da música e, no final, o aluno falou: “–Tia, corta o bolo de chocolate?” Eu entrei no mundo da imaginação dele, reparti, distribui e comi junto o bolo da sua festa. Na Educação Infantil, o lúdico é uma ferramenta pedagógica que os professores podem utilizar em sala de aula como técnicas metodológicas na aprendizagem, visto que através da ludicidade os alunos poderão aprender de forma mais prazerosa, concreta e, consequentemente, mais significativa, culminando em uma educação de qualidade.

Percebo que as crianças aplicam no brinquedo toda sua sensibilidade. Uma boneca ou um carrinho não são apenas isto, mas tudo o que sua imaginação desejar. Através dos brinquedos as crianças podem explorar o mundo, onde trava desafios e busca saciar a sua curiosidade. Não é raro chamarmos uma menina de princesa. É uma forma carinhosa de demonstrar toda a sua delicadeza, beleza e educação. Afinal, quem nunca sonhou em ser uma princesa, não é mesmo? Para uma criança de 2 - 3 anos, a princesa só se faz real quando elas a vêem, pois em nosso país não existe uma realeza para contemplarmos nem uma princesa para admirarmos. Foi pensando nisso que resolvi me fantasiar algumas vezes e mostrar para os meus alunos como é uma princesa. Mergulhei na personagem e eles amaram.

E o que dizer do dia do índio? Muitas vezes, as crianças saem fantasiadas de índio, mas nunca viram um. Nesse momento a tia Hilana entra em ação e entra na sala fantasiada de índio.

Vamos trabalhar o folclore e falar da sereia? Mas cadê a sereia? “–Aqui!” Disse eu sem pensar.

E o que dizer da Emília e do sítio do pica-pau amarelo? Toda criança deveria conhecer, não é mesmo? Então, ela apareceu!

Para muitos, o que faço nada mais é que loucura. Para mim, é a realização de um sonho. Pois, para muitos dos meus alunos, aquelas serão uma das únicas vezes que poderão brincar, sorrir e se divertir em um ambiente escolar.

Vivemos em um sistema educacional que, na maioria das vezes, os conteúdos escritos no caderno e provas valem mais que a experiência vivida. E se eu, enquanto profissional desse sistema, puder proporcionar uma aula que seja prazerosa e lúdica, então eis-me aqui.

Prazer, meu nome é Hilana, a professora sonhadora!

Por Hilana Manhães


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